Biópsia de Fusão: técnica avançada no diagnóstico do cancro da próstata

Urologia
16 de Dezembro de 2016

José Sanches Magalhães, médico urologista e especializado em terapia focal da próstata, acaba de realizar a primeira biópsia de fusão no Hospital de Santa Maria – Porto. Trata-se de uma técnica inovadora para o diagnóstico do cancro da próstata, que a partir de agora passa a estar disponível neste hospital, realizada com sedação em ambiente de bloco operatório.

“O cancro da próstata é difícil de detetar e, por vezes, pode obrigar à realização de várias biópsias. A nova tecnologia de fusão oferece-nos um novo método de diagnóstico muito mais rigoroso, utilizando uma sobreposição de imagem de RMN com a ecografia, o que ajuda o médico a visualizar as zonas suspeitas com maior precisão, minimizando o número de biópsias a realizar e aumentando também o conforto do paciente”, explica o Dr. José Sanches Magalhães, um dos primeiros urologistas nacionais a utilizar esta técnica.

Embora o objectivo final seja sempre tratar os tumores da próstata agressivos e que podem ser potencialmente mortais, não se pretende que os pacientes sofram antecipadamente com preocupações desnecessárias ou que passem por procedimentos médicos complexos quando o seu tipo de cancro é de desenvolvimento lento e não põe em risco a sua vida.

A biópsia de fusão é uma nova tecnologia que vem exatamente ajudar os médicos a responder a estes desafios – detetar e diferenciar com maior rigor o cancro da próstata.

A principal inovação da biópsia de fusão é tratar-se de um exame que junta a imagens detalhadas da ressonância magnética (RMN) – realizada previamente pelo paciente – com imagens da próstata em tempo real dadas através de exame ecográfico, fazendo uma reconstrução tridimensional da próstata.

 

O paciente tem de fazer primeiro a ressonância magnética, na qual o radiologista marca as áreas suspeitas de lesão. Durante a biópsia, realizada sob sedação, é inserida a sonda rectal que faz a ecografia da próstata, cujas imagens são “fundidas” com as da ressonância através de um software específico que fornece ao médico imagens 3D detalhadas. As imagens oferecidas por este software permitem ao médico guiar as agulhas da biópsia com toda a precisão para a região onde se encontra a lesão suspeita, detetando as lesões com um maior rigor e evitando picadas desnecessárias.

Para além disso, sendo realizada pela via transperineal, a técnica utilizada na biópsia de fusão possui ainda a vantagem de diminuir enormemente o risco de infeções pós-exame e, porque oferece um diagnóstico mais rigoroso, permite reduzir o número de biópsias a que pode estar sujeito um paciente sob vigilância do cancro da próstata.

Sobre o Dr. José Sanches Magalhães

José Sanches Magalhães é licenciado em Medicina pela Universidade do Porto, tendo iniciado a sua carreira no Hospital de Santo António. Posteriormente realizou o internato de Urologia no Instituto Português de Oncologia do Porto, entre 1999 e 2004. Integra a equipa de Urologia do Hospital de Santa Maria – Porto desde Setembro de 2010.

É médico especialista de Urologia no Instituto Português de Oncologia do Porto desde 2005. Ao longo da sua carreira desenvolveu uma sólida experiência em Urologia oncológica e tem vindo a especializar-se em técnicas de cirurgia minimamente invasiva, assim como em terapia focal da próstata.

 

Faça a vigilância da próstata. Consulte o seu médico urologista para mais informação.

Partilhar

Ligue já

225 082 000

(Chamada para rede fixa nacional)

Dias úteis: 08h00 às 24h00

Ou deixe-nos o seu contacto
Nós ligamos para si