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A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um distúrbio gastrointestinal crónico, que condiciona a vida quotidiana e a qualidade de vida do indivíduo pelos sintomas comuns a que lhe estão associados. Esta síndrome é um dos distúrbios gastrointestinais mais prevalentes, estando presente a nível mundial, em média, em 10% da população, sendo a sua prevalência superior em mulheres e na faixa etária dos 16 aos 50 anos.
As suas causas não estão claramente identificadas, contudo conhecem-se alguns fatores de risco que aumentam a probabilidade de aparecimento desta síndrome, entre os quais hábitos alimentares pouco saudáveis, predisposição genética, alterações na interação cérebro-intestino, toma de antibióticos, infeções gastrointestinais, stress e perturbações psicológicas, como ansiedade e depressão.
A SII é caracterizada por sintomas gastrointestinais recorrentes que provocam:
É necessário realçar que, apesar de alguns sintomas serem comuns, a SII não deve ser confundida com as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) – Doença de Crohn e Colite Ulcerosa – já que os parâmetros de diagnóstico e as manifestações clínicas e fisiológicas são diferentes. Contudo, o aparecimento da SII e de outras patologias gastrointestinais podem evoluir para diagnósticos de DII com o aparecimento de sinais inflamatórios.
O diagnóstico da SII deve ser feito através de uma abordagem de análise da história clínica do doente aliada à avaliação dos sintomas que este apresenta e a duração da sua ocorrência (diagnóstico atribuído quando a sintomatologia está presente há pelo menos 3 meses), sem recurso a técnicas invasivas, como as que são utilizadas para diagnóstico das DII. Até ao momento, os “Rome Criteria” são o método preconizado para diagnosticar a SII, sendo aplicados por um profissional competente.
Tendo em conta os fatores de risco enunciados, este distúrbio gastrointestinal pode ser prevenido através da redução dessas fontes.
Relativamente ao tratamento, a SII como distúrbio crónico que é, não é possível ser curada, no entanto, conseguimos diminuir a sintomatologia manifestada através de estratégias que envolvem sobretudo a alteração de hábitos alimentares e de estilo de vida, designadamente:
Escolha hábitos de vida saudáveis. Procure acompanhamento médico caso suspeite da presença de distúrbios gastrointestinais, evitando um errado autodiagnóstico. Uma alimentação com baixo teor em FODMAPs tem de ser implementada sob a orientação/supervisão de um nutricionista, particularmente em pacientes nos quais o aconselhamento alimentar individual falhou na redução da sintomatologia.
Pela equipa de Nutrição
do Hospital de Santa Maria – Porto
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