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A diabetes tipo 2 é uma doença prevalente e que se associa na grande maioria dos casos a excesso de peso ou obesidade. No tratamento da diabetes são fundamentais as mudanças do estilo de vida com alimentação e exercício físico adequados, mas também é certamente fundamental um plano de tratamento adequado e personalizado.
Quando pensamos em controlar a diabetes do ponto de vista farmacológico, sabemos que as glicemias devem ser controladas de forma eficaz, que deve ser minimizado o risco de hipoglicemias, mas é necessário também não esquecer que se as complicações crónicas já estiverem presentes, devem pesar na escolha do tratamento.
O aparecimento de novas terapêuticas para a diabetes com comprovado benefício na redução de eventos cardiovasculares, nomeadamente inibidores de SGLT2 e agonistas dos recetores do GLP1, merece especial destaque, hoje em dia, sempre que se fala no tratamento da pessoa com diabetes tipo 2.
O novo paradigma do tratamento da diabetes é escolher o fármaco de acordo com as características do doente com diabetes. De tal forma, assim é que se o doente tiver determinadas complicações como história de doença coronária ou doença renal, tem indicação para estes fármacos novos, com benefícios comprovados na proteção cardíaca e renal.
Os objetivos do tratamento do doente com diabetes são centrados na prevenção de complicações e na melhoria da qualidade de vida do doente. A melhor estratégia para o sucesso do tratamento da pessoa com diabetes baseia-se num trabalho de equipa em que o doente tem de sentir fazer parte fulcral. Ao escolher a terapêutica, o médico avalia as suas características nomeadamente o peso, HbA1c (hemoglobina glicosilada), a presença ou não de doenças ou complicações associadas, considera fatores como por exemplo o impacto do tratamento no peso ou no risco de hipoglicemias, define com o doente o plano de tratamento, com objetivos específicos do mesmo e depois o plano é implementado com base numa decisão que é partilhada com o doente.
A motivação do doente é fundamental para a adesão ao tratamento e sempre que possível o envolvimento de equipas multidisciplinares propicia o sucesso. A colaboração estreita com outros profissionais como por exemplo nutricionista, enfermeiro, podologista e psicólogo, é desejável e frequentemente indispensável.
A monitorização e a revisão do plano são feitas periodicamente e sempre que o plano terapêutico é revisto devem ser tidos novamente em consideração os fatores acima descritos mas também as preferências e a motivação do doente.
Ao longo dos últimos anos assistiu-se a uma preocupação crescente com a escolha de fármacos com base na presença ou não de doença cardiovascular. Curiosamente os mesmos fármacos que oferecem benefício do ponto de vista de proteção cardiovascular e renal são também fármacos que contribuem para a perda de peso. Dispondo hoje de fármacos que, além do controlo da diabetes, ajudam a controlar o peso – e dado que 9 em cada 10 doentes com diabetes tipo 2 têm excesso de peso ou obesidade -, é fundamental ponderar estes fármacos na altura de rever a terapêutica mesmo em doentes sem doença cardiovascular estabelecida.
Mais que tratar a diabetes do doente, há que tratar o doente com diabetes.
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