Fraturas vertebrais osteoporóticas

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A osteoporose é a doença óssea metabólica mais comum e é devida ao desequilíbrio entre a formação e destruição óssea, ocasionando uma diminuição da resistência dos ossos. Quando se fala em fraturas na osteoporose pensa-se imediatamente em fraturas do terço proximal do fémur, devido ao seu impacto económico e social. No entanto, as fraturas vertebrais compressivas são as mais frequentes e destas só 30% são clinicamente detetadas.

A fratura vertebral osteoporótica resulta assim do colapso ou implosão do osso enfraquecido. Se previamente se pensava que estas eram lesões sem consequências relevantes a longo prazo, hoje, à medida que a população envelhece, compreendemos melhor as sequelas desta complicação.

Apontam-se como sequelas destas fraturas a deformação da coluna e da caixa torácica, a perda de altura, a perda de função e qualidade de vida.

A dor na coluna é o sintoma inicial da fratura e na grande maioria dos doentes sintoma inicial da osteoporose. As fraturas vertebrais respondem ao tratamento conservador. Contudo, alguns doentes sofrem de dores prolongadas que os obrigam a estar imobilizados ou mesmo acamados. Para estes doentes desenvolveram-se técnicas percutâneas através de cânulas para o preenchimento dos corpos vertebrais com substitutos do osso (Vertebroplastia e Cifoplastia), de forma a tratar a dor e aumentar a resistência da vertebra fraturada ou em risco de colapso.

O objetivo da Vertebroplastia é o tratamento da dor e não a correção da deformidade raquidiana. Os estudos retrospetivos e prospetivos recentes, com um número significativo de doentes, mostram bem a eficácia e a duração do efeito analgésico desta forma terapêutica.

A cifoplastia consiste na introdução através de cânulas de dois balões dentro da vértebra fraturada, que se expandem dentro da vértebra, reduzindo a deformidade.  Após retirados os balões existe uma cavidade que é preenchida com substitutos do osso ou cimento acrílico, aproveitando as mesmas cânulas.

A cifoplastia tem assim o objetivo de reduzir a deformidade vertebral, tratar a dor e diminuir as complicações com a injeção do cimento.

As duas técnicas têm indicações específicas principalmente no tratamento deste tipo de fraturas e garantem na maioria dos casos o controlo da dor.

Estas técnicas são válidas para o tratamento da dor das fraturas osteoporóticas que não respondem ao tratamento conservador, permitindo obter um alívio dos sintomas na esmagadora maioria dos doentes. É possível recuperar a altura vertebral e impedir o colapso das vértebras tratadas, minimizando a incidência das sequelas a longo prazo.

 

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