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A alergia aos pólens consiste na ocorrência de sintomas (mais frequentemente rinite e/ou conjuntivite, mas em cerca de 40% dos afetados também asma) em indivíduos sensibilizados ao pólen quando este se encontra em elevada quantidade no ar, tal como acontece em plena primavera, mas até julho e agosto ainda podem ser detetadas elevadas concentrações de pólens no ar.
Os pólens são os alergénios mais importantes do ambiente exterior que induzem sintomas de doença alérgica. A gravidade das manifestações alérgicas depende da quantidade de pólen libertado e da exposição do indivíduo durante a estação do ano específica; por isso, podem variar de ano para ano, sendo mais graves quando há níveis de pólens elevados.
No último século assistimos a um progressivo e surpreendente aumento da prevalência da rinite alérgica a pólenes, tendo passado de uma doença rara para se tornar a condição imunológica mais frequente no ser humano hoje em dia. De facto, a rinite é a mais prevalente das doenças alérgicas e afeta atualmente cerca de 30% dos portugueses.
Os pólens são grãos de pequeníssimo tamanho, microscópicos e por isso invisíveis ao olho humano, produzidos pelas plantas. Eles viajam muitos quilómetros com o vento para propagar as sementes da espécie. Além disso, cada planta produz milhares e milhares de grãos de pólen.
As condições atmosféricas são determinantes para a maior agressividade dos pólens. A temperatura e humidade mais propícias à polinização ocorrem durante os meses de primavera e início de verão para a maioria das plantas. O vento, a temperatura elevada e o tempo seco favorecem maior gravidade de sintomas. Por outro lado, os períodos de chuva reduzem drasticamente os níveis de pólen. No entanto, é fundamental ter noção que nem todas as plantas polinizam ao mesmo tempo, nos mesmos meses.
O pólen das gramíneas, também conhecidas como fenos, é de longe o principal responsável por alergias respiratórias.
Os pólens em Portugal existem todo o ano, mas são mais frequentes nos meses de fevereiro a outubro, sendo os picos mais elevados nos meses de maio a julho. Nos meses de outono e inverno observam-se contagens mais modestas e de algumas espécies específicas, como é o caso do cipreste.
Ao contrário do que muitas vezes se pensa, o pólen de plantas com flores muito coloridas, ou de dimensões grandes (como é o caso do pinheiro) raramente estão implicados nas alergias. O que acontece é que o odor muito ativo de algumas destas plantas é que provoca sintomas, que são interpretados como alergia. O pólen que provoca alergia é de tamanho microscópico, por isso invisível ao olho humano.
É muito importante o doente ter conhecimento de quais os pólens que lhe provocam alergia, para prever quais os meses em que terá sintomas, uma vez que a concentração de pólens de cada espécie tem épocas próprias, que dependem do seu ciclo de polinização influenciado por condições atmosféricas favoráveis.
Os sinais e sintomas das reações alérgicas são muito semelhantes aos que ocorrem nos quadros de constipação e consistem em múltiplos espirros, pingo no nariz e congestão nasal, comichão no nariz e olhos e ocasionalmente tosse ou outros sintomas respiratórios. As diferenças principais é que nos casos de alergia não aparece febre e muitas vezes estão presentes também os sintomas oculares (olhos vermelhos, a lacrimejar, etc); a tosse normalmente é seca, sem expetoração. Além disso, se apresenta sintomas que se repetem frequentemente no tempo ou com duração de muitos dias, é mais provável que se trate de alergia.
Algumas pessoas apresentam também alergia na pele.
Os sintomas de alergia a pólens podem aparecer em qualquer idade e mesmo aparecer de novo em adultos!
Quando um doente sofre de sintomas de rinite e/ou conjuntivite e/ou asma em dias de sol, sobretudo com vento, e melhora nos dias de chuva, é muito provável que sofra de alergia a pólens! Se os sintomas se repetem sempre na mesma época do ano, o diagnóstico é mesmo muito provável.
Para o comprovar e para saber qual o(s) polen(es) envolvidos é fundamental recorrer a um Médico Alergologista.
Uma vez que se começam a manifestar, os sintomas clínicos tendem a persistir crónica e indefinidamente ao longo do tempo, ou mesmo a agravar-se (entre 30-60% dos doentes com rinite alérgica a pólens pode acabar por desenvolver asma).
Uma percentagem muito pequena de doentes (cerca de 8%) pode apresentar remissão clínica espontânea, ou seja, passa a deixar de ter sintomas sem precisar de tratamento – mas estes casos são considerados raros.
O tratamento medicamentoso preventivo depende de conhecer a época de polinização dos pólens a que o doente é alérgico e consiste em tomar medicamentos ou remédios anti-alérgicos (anti-histamínicos, sprays nasais, etc) durante essa fase, de forma a impedir o aparecimento dos sintomas. Esta solução é temporária e não cura a doença, mas permite o conforto do doente.
Se a doença é mais grave, ou de forma a eliminar a necessidade de medicamentos constantes, pode-se decidir por fazer vacinas anti-alérgicas.
Não é possível uma completa prevenção ou evicção dos pólens nas épocas em que estão dispersos no meio ambiente exterior, mas algumas medidas ajudam a proteger de quantidades maiores.
Marque a sua consulta para obter mais informações!
Revisão Científica: Prof. Doutora Mariana Couto
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