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A dor nas costas – denominada lombalgia comum – é uma dor sentida na região posterior do tronco entre o rebordo das costelas e a prega nadegueira. Segundo a definição de dor, pela Associação Internacional do Estudo da Dor, trata-se de uma “experiência desagradável sensitiva ou emocional associada a lesão real ou potencial ou descrita em termos de tal lesão”.
Como sintoma, é o segundo motivo mais frequente de consulta médica e sabe-se que 60 a 80% da população experimentará este sintoma durante a vida de uma forma mais ou menos incapacitante. O estudo efetuado pela Spirituc-Investigação Aplicada em 2009, através de entrevista telefónica à população portuguesa com mais de 18 anos, concluiu que na população inquirida 70% tinha sofrido dores lombares e que destes 30% as sentiam diariamente. Quando inquiridos sob a necessidade de se ausentarem do trabalho no ano de 2008, 5,9% responderam afirmativamente. Extrapolando estes números para a população ativa portuguesa, cerca de 287.000 trabalhadores em Portugal faltaram ao trabalho, o que revela o impacto socioeconómico, com custos diretos e indiretos, que este sintoma condiciona.
A lombalgia comum é um sintoma que pode ser devido a lesão ao nível das fascinas e músculos paravertebrais, do disco intervertebral, pequenas articulações e ligamentos ou mesmo aos corpos vertebrais. Pode ser classificada quanto à duração dos sintomas, em aguda ou crónica, se os sintomas permanecem há mais de três meses.
A causa mais comum é sem dúvida a lesão muscular seguida da degenerescência/ hérnia do disco. O diagnóstico de lombalgia comum, obriga o médico especialista a excluir todas as causas graves que também se podem traduzir por uma lombalgia. Para isso, há uma série de sinais e sintomas que devem ser excluídos e que no seu geral se denominam por “bandeiras vermelhas”.
Existe forte evidência que os trabalhos mais pesados, nomeadamente associados a elevação de pesos, inclinação anterior e torsão do tronco e vibração prolongada possam estar associados a lombalgia ou ao agravamento desta. São outros fatores de risco a idade acima dos 50 anos, a insatisfação laboral e problemas psicossociais.
O objetivo de tratamento é o controle da dor, despiste de causas graves e a prevenção das recidivas. O controle da dor consegue-se através de medicação adequada e por repouso em fase aguda e que não deve ser prolongado. Admite-se que a retoma do trabalho possa ocorrer antes do desaparecimento total dos sintomas e que quanto mais longa a incapacidade laboral maior a dificuldade em retomar o trabalho.
A prevenção das recidivas obtém-se pela identificação do fator causal, pelo controle do peso corporal, exercício físico e correcção da postura quer nas atividades de vida diária quer no posto de trabalho.
Como se depreende, a dor nas costas não tem, habitualmente, significado clínico, mas deve ser sempre avaliada em consulta médica.
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