Menu
Menu
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) designou 2021 como o Ano Internacional da Fruta e dos Legumes.
Os principais objetivos desta decisão passam pela consciencialização dos benefícios do consumo de hortofrutícolas para a saúde, reforçando a sua inclusão numa alimentação equilibrada e diversificada, bem como alertar para a diminuição do seu desperdício.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2017, cerca de 3,9 milhões de mortes em todo o mundo foram atribuídas ao consumo insuficiente de frutas e vegetais. Portanto, preconiza-se que, de forma a beneficiar de todas as vantagens que estes alimentos nos oferecem, o seu consumo diário deva rondar os 400g. Em termos percentuais o consumo de fruta e legumes deve corresponder a 43% do volume total da Roda dos Alimentos.
Quando se traduz esta recomendação em porções deve considerar-se que 1 dose de Fruta/Legumes equivale a:
Relativamente à composição nutricional dos hortofrutícolas, esta vai depender do alimento em questão, a qual inclui invariavelmente:
Contudo, torna-se importante realçar que, independentemente do seu valor energético, a composição nutricional de uma peça de fruta é muito mais valiosa, do ponto de vista nutricional, quando comparada com produtos processados (bolachas, chocolates, cereais açucarados, etc.) com o mesmo valor energético. Ou seja, uma laranja média (160g) equivale aproximadamente a 70Kcal mas este valor energético não pode ser equiparado ao mesmo aporte energético fornecido, por exemplo, por um refrigerante sabor a laranja. Isto porque a laranja é um alimento de alto valor nutricional, rico em vitaminas e minerais, ao contrário do refrigerante sabor a laranja que, por isso, não deve ser consumido regularmente.
Sendo assim, quais são os verdadeiros motivos pelos quais os hortofrutícolas são considerados tão saudáveis e indispensáveis à nossa alimentação diária?
Uma curiosidade pouco conhecida consiste na relação entre estas características e a coloração dos legumes e da fruta, que está associada às diferentes concentrações de fitoquímicos presentes nestes alimentos. A Associação Portuguesa de Nutrição define os fitoquímicos como compostos biológicos presentes naturalmente nos alimentos de origem vegetal, que têm um efeito benéfico na saúde. Encontram-se agrupados em classes de acordo com a sua atividade: antioxidante, vasodilatora, anticarcinonégica, anti-inflamatória, antibacteriana e antialérgica. Nas plantas, os fitoquímicos conferem proteção contra os microrganismos, sendo também os responsáveis pela presença de determinadas caraterísticas organoléticas (p.e. cor, sabor). Por isso, é essencial garantir o consumo de fruta e hortícolas de cores diferentes, de modo a variar o aporte dos vários compostos fornecidos por cada um dos grupos. Estas características encontram-se discriminadas na tabela seguinte:
Outro fator de extrema importância a ter em atenção aquando da escolha e consumo de fruta e legumes consiste na sua sazonalidade. Respeitar a sazonalidade dos hortofrutícolas significa optar pelos alimentos da época, que são mais frescos e que se encontram disponíveis localmente e em condições de maturação adequadas para consumo. Para além de apresentarem um custo económico e ambiental inferior ao dos alimentos consumidos fora da época, apresentam também melhores características organoléticas e nutricionais.
Os hortofrutícolas são alimentos altamente perecíveis e por isso têm associada uma taxa de desperdício alta que deve ser minimizada. Nesse sentido, há certas práticas que devem ser adotadas:
Esta iniciativa criou a oportunidade para repensarmos os nossos hábitos alimentares e iniciarmos um consumo mais consistente e frequente de fruta e legumes nas várias refeições do dia. Para quem já tinha esse hábito, reforça-se a importância de o manter de forma a garantir um estilo de vida o mais saudável possível.
Partilhar
Certificações
(Chamada para rede fixa nacional)